Um comprimido de argila AC do século VI encontrado no Iraque está reescrevendo a história da cartografia antiga. Conhecido como o Imagem do mundoEsse artefato babilônico é o mapa mundial mais antigo conhecido, oferecendo um vislumbre de como as civilizações antigas entendiam seu lugar no mundo. Ao contrário dos mapas modernos, essa representação combina geografia, mitologia e astronomia, ilustrando um mundo que era tão espiritual quanto físico.
Um estudo inovador revela a visão do mundo da Babilônia
O Imagem do mundo foi descoberto pela primeira vez em Sippar, uma cidade antiga ao longo do rio Eufrates, e agora está alojada no Museu Britânico em Londres. Pesquisadores do museu estudam o tablet há décadas, com um dos principais especialistas, Dr. Irving Finkel, publicando um extenso trabalho sobre seu significado.
O tablet, que se acredita ter sido criado entre 700 e 500 aC, foi analisado usando técnicas de tradução cuneiformes para decodificar suas inscrições. As conclusões desses estudos confirmam que o Imagem do mundo era provavelmente uma réplica de um mapa ainda mais antigo, sugerindo que a cartografia babilônica pode ter começado séculos antes do que se pensava anteriormente.
Em um vídeo divulgado pelo Museu BritânicoDr. Finkel explicou a importância do mapa:
“Você encapsulou neste diagrama circular todo o mundo conhecido em que as pessoas viviam, floresceram e morreram. Também empurra além dos limites da realidade para o reino da imaginação. ”
Este estudo também revelou que os babilônios não separaram a geografia física dos elementos celestes ou míticos, reforçando sua crença de que o mundo era um espaço estruturado e interconectado influenciado pelas forças divinas.
Um mapa de 2.600 anos que coloca a Babilônia no centro do mundo
Descoberto em Sippar, o Image Mundi é mais do que apenas uma tentativa inicial de mapear – é uma representação de como os babilônios viram seu universo. Na sua essência, a Babilônia é colocada no centro, cercada por sete cidades, cadeias de montanhas e vastos corpos d’água que as inscrições descrevem como “rios amargos” ou mares salgados.
Culturas antigas frequentemente descrevem suas próprias cidades como o Pontos focais de civilizaçãoassim como os gregos viram Atenas ou os romanos viram Roma. Para os babilônios, o mundo estava estruturado em torno de seu império, fechado em dois círculos concêntricos que representou o limites do mundo conhecido.
Inscrições cuneiformes nos locais das teclas da etiqueta do tablet, como Assíria, Urartu, Der e Elam, bem como características naturais como pântanos e montanhas. O tablet até menciona lugares mitológicos, mostrando que a geografia babilônica estava profundamente entrelaçada com suas crenças sobre o divino.
Mais de um mapa – uma conexão entre a Terra e o Cosmos
Um dos aspectos mais fascinantes do Imagem do mundo é sua conexão astronômica. O verso do tablet contém inscrições que ligam a geografia babilônica às estrelas, mostrando que os babilônios não separaram os reinos terrenos e celestes.
Especialistas no Museu Britânico vincularam alguns desses símbolos a constelações precoces, incluindo figuras do zodíaco moderno. Isso sugere que os babilônios não apenas mapearam paisagens, mas também órgãos celestes, possivelmente usando esse conhecimento para navegação, rituais religiosos ou planejamento agrícola.
Um mapa da realidade – ou uma porta de entrada para o mítico?
O Imagem do mundo Não representa apenas locais reais – também inclui ilhas míticas que se acredita serem reinos ou terras espirituais habitadas pelos seres divinos. Essas terras externas misteriosas sugerem que os babilônios acreditavam que seu mundo era físico e sobrenatural, onde deuses e criaturas lendárias moldavam a vida diária.
Entre os referências mitológicas No tablet estão:
- Marduko Deus da Criação da Babilônia
- Escorpiãoum guardião meio humano e meio-escorvento dos mitos mesopotâmicos
- Sobreum pássaro com cabeça de leão assustador das lendas da Babilônia
A presença dessas figuras sugere que os mapas na antiga Babilônia não eram apenas sobre navegar no mundo físico – eles também refletiam uma compreensão mais profunda do cosmos, mitologia e crenças religiosas.