A mobilidade sustentável deu um salto monumental, e não estamos a falar da primeira estação de serviço para este combustível em Portugal. Sabias o que foi descoberto? Trata-se do motor de prótons que Einstein previu há décadas e que, pela primeira vez, foi concretizado. O mais surpreendente? Este motor desafia as leis da física e do universo, e promete revolucionar a descarbonização dos transportes.
Einstein previu um motor de fusão nuclear: agora acabam de criá-lo
A fusão nuclear tem sido, durante muito tempo, um objetivo ambicionado, mas esquivo para a ciência. Trata-se de unir núcleos atômicos para liberar energia, o mesmo processo que ocorre no Sol e nas demais estrelas. Na verdade, é um processo semelhante ao que vimos há duas semanas com o motor de plasma.
Ao contrário da fissão nuclear utilizada nas centrais nucleares atuais – com a qual somos muito críticos por não ser uma opção ecológica nem renovável –, a fusão oferece a promessa de uma fonte de energia praticamente inesgotável e limpa.
Já em 1929, Albert Einstein teorizou sobre a possibilidade de criar um «motor de prótons» baseado na fusão nuclear, que poderia propulsionar naves espaciais a velocidades próximas às da luz. A ideia era usar as altas temperaturas da fusão para expulsar um jato de prótons e gerar empuxo.
A tecnologia avançou desde então: uma evolução incansável
As tentativas anteriores de criar um motor de fusão nuclear fracassaram devido a limitações tecnológicas. No entanto, nas últimas décadas, ocorreram grandes avanços em várias áreas que agora tornam possível a tentativa de construir este motor revolucionário.
Um dos principais avanços foi o desenvolvimento de novos materiais capazes de suportar as temperaturas incrivelmente altas dentro de um reator de fusão nuclear. Foram desenvolvidas ligas especiais e cerâmicas avançadas que permitem conter o plasma superquente necessário para a fusão.
Outro fator-chave é o progresso na compreensão da física de plasmas e da fusão nuclear. Os cientistas agora dispõem de modelos computacionais muito mais precisos para simular e controlar as reações de fusão. Isso dá-lhes maior capacidade para estabilizar e sustentar as reações necessárias.
Além disso, foram alcançadas novas técnicas de confinamento magnético e campos elétricos para conter o plasma quente. Isso evita que o plasma toque as paredes do reator, o que o resfriaria e interromperia a reação. Os novos ímãs supercondutores são fundamentais para isso.
O primeiro motor de prótons, pronto para descarbonizar o transporte (também na Terra)
A RocketStar é uma empresa emergente fundada em 2021 que está a desenvolver um motor de propulsão por fusão nuclear. O seu objetivo é criar um motor de foguete revolucionário que utilize a fusão de núcleos de hidrogênio para gerar um impulso específico extremamente alto.
O design da RocketStar baseia-se na fusão de prótons (núcleos de hidrogênio) por meio de um campo magnético em forma de funil. Os prótons são injetados na extremidade larga do funil e, em seguida, comprimidos à medida que se aproximam da extremidade estreita, alcançando temperaturas e densidades extremamente altas.
A fusão libera grandes quantidades de energia que se converte em um jato de plasma dirigido para fora em alta velocidade. Isso proporciona o empuxo ao foguete sem necessidade de propulsores químicos. A vantagem é que o combustível de fusão (hidrogênio) é praticamente inesgotável, e a longo prazo, poderia ser usado em veículos terrestres.
Como vês, este motor de prótons demonstra que, quando falamos de tornar o transporte sustentável, a física e a mobilidade podem aliar-se. Isto foi também conseguido com este truque para duplicar a autonomia dos carros elétricos, algo que agora está a deixar as fábricas em alvoroço por um motivo simples: é bom demais para ser verdade, mas milhares de condutores já estão a comprovar o quão bem funciona.